Acesse: https://www.jusbrasil.com.br/cadastro
2º Grau
Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo TJ-ES - Apelação : APL 0029808-57.2001.8.08.0021
Detalhes da Jurisprudência
Processo
Órgão Julgador
SEGUNDA CÂMARA CÍVEL
Publicação
07/05/2014
Julgamento
29 de Abril de 2014
Relator
CARLOS SIMÕES FONSECA
Acesse: https://www.jusbrasil.com.br/cadastro
Ementa
APELAÇÃO CÍVEL Nº 0029808-57.2001.8.08.0021 APELANTE: ANTONIO ALBERTO COUTINHO APELADO: MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL RELATOR: DES. CARLOS SIMÕES FONSECA EMENTA DIREITO ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL – AÇÃO DE IMPROBIDADE – PRELIMINAR – NULIDADE POR OFENSA AO ART. 17, § 7º, DA LEI 8.429⁄92 – COMPROVAÇÃO DO PREJUÍZO – NECESSIDADE – REJEITADA – MÉRITO – RESSARCIMENTO AO ERÁRIO – PRÁTICA DE ATOS ÍMPROBOS E PREJUÍZO – COMPROVAÇÃO – OBRIGAÇÃO DE RESSARCIR - RECONHECIMENTO – RECURSO IMPROVIDO.
1. A jurisprudência do c. STJ se orienta no sentido de que o reconhecimento da nulidade em razão da violação ao art. 17, § 7º, da Lei de Licitações (inobservância da faculdade do réu de oferecer defesa prévia antes do recebimento da inicial), como qualquer nulidade processual, possui natureza relativa e impõe, portanto, a comprovação, pelo interessado, de seu efetivo prejuízo. Precedentes.
2. Hipótese concreta em que, embora não facultada ao apelante a apresentação de defesa prévia, foi ele regularmente citado, apresentou contestação tempestiva e pelo mesmo patrono que o representou durante toda a instrução processual, bem como, por fim, não suscitou a nulidade no momento oportuno, não havendo, consequentemente, comprovado seu efetivo prejuízo. Preliminar rejeitada.
3. Havendo, nos autos, comprovado prejuízo ao erário decorrente de atuação ímproba por parte do recorrente, que, na condição de Diretor Presidente de autarquia municipal, deixou de devolver ao município verbas resultantes de repasse a maior com o fito de executar obras públicas a cargo da autarquia, correta a sentença apelada ao condená-lo na devolução de tais quantias.
4. Recurso improvido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA a 2ª Câmara Cível, na conformidade da ata da sessão, à unanimidade, negar provimento ao recurso, nos termos do voto do relator. Vitória (ES), 29 de abril de 2014. DES. PRESIDENTE DES. RELATOR